domingo, 26 de outubro de 2014

SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO - JIT

JUST IN TIME

Nascido e criado no japão pelo seu fundador Taiichi Ono nas dependências da Toyota Motor Company o Just In Time (sigla JIT) é uma filosofia presente no modelo toyota de produção e reza que todo o processo e operação deve ser realizado no momento, quantidade e qualidade correta. Como o próprio nome sugere da tradução do idioma inglês "Na Hora Certa" esta técnica ou metodologia procura eliminar os desperdícios e processos que não agregam valor das operações produtivas.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO - MRP II

MRP II

Na década de 90, com o aumento da competitividade no mercado e a necessidade de se aumentar a velocidade de muitas operações, surgiu o MRP II que embora tenha as mesmas letras em sua sigla, quer dizer outro conceito em sua estruturação: Manufaturing Resource Planning ou no português Planejamento de Recursos da Manufatura.

Como podemos notar em seu nome, agora o MRP não esta fadado somente a área de produção planejando somente os materiais e matérias primas para operação, mas muda o foco para uma visão mais abrangente da organização. Com esta nova "autonomia" o sistema consegue incorporar em suas analises os impactos que o plano de demanda tem nas demais áreas da empresa tais como finanças e engenharia.

Sendo assim, as empresas podem fabricar e vender centenas de diferentes variações de produtos, para centenas de clientes, que compram ou não, com regularidade e como consequência consegue visualizar as variações da demanda e o plano de pessoas, custos e equipamentos a empregar para realizar a operação de maneira eficiente e eficaz.

Como a própria sigla sugere o MRP II é a evolução do MRP pois integra em sua estrutura diversos processos do seu antecessor alem de integrar as outras áreas das empresas auxiliando no planejamento e na tomada de decisão dos profissionais.

Sem esta integração de informações e áreas muitas da decisões tomadas ou planejadas teriam impacto negativo nas diversas áreas da empresa com informações desatualizadas gerando assim desgaste e não atendendo o  cliente com o que foi realmente solicitado. Com a integração do MRP II toda alteração na informação ou no planejamento é compartilhado via sistema para todas as áreas de interesse dentro da empresa evitando assim falhas operacionais e custos elevados com operações não necessárias.

O MRP II é um sistema computadorizado integrado ao Planejamento e Programação da Produção e na sua aplicação nas empresas recomenda-se que se faça uma reengenharia de seus processos de maneira a identificar seus pontos críticos de operação bem como os gargalos ocorridos. Esta analise é necessária devido a adaptabilidade que o software terá na organização e assim irá determinar a sua produtividade para a empresa que o empregou. Com processos deficientes e repleto de falhas, a instalação do software não resolverá os problemas e assim sua produtividade será prejudicada.

A seguir veremos alguns módulos de operação presentes dentro de um sistema MRP II:

  • Planejamento da Produção;
Auxilia na tomada de decisão junto ao Planejamento quantos aos níveis de estoques agregados a produção período a período ao longo do tempo.
  • Planejamento Mestre da Produção (MPS);
Analisa a demanda dos produtos individualmente e objetiva auxiliar na decisão dos gestores quanto ao plano de quantidades dos mesmos e o estoque a ser mantido.
  • Cálculo das Necessidades de Materiais (MRP);
De posse das informações do MPS, o MRP analisa e executa a necessidade de compra de matéria prima e determina processo de produção dos itens. Além disso o MPS calcula a necessidade de produção objetivando a redução dos estoques. 
  • Cálculo das Necessidades de Capacidade (CRP);
Realiza cálculos de roteiros de fabricação, capacidade de cada centro de trabalho, identifica ociosidade de equipamentos, excesso de capacidade e subutilização de centros de trabalho
  • Controle de Fábrica (SFC)
Responsável pelo sequenciamento das ordens de fabricação nos centros de trabalho e pelo controle de produção nas fabricas. Busca garantir as prioridades calculadas e fornece um feedback, do andamento da produção para os demais módulos do MRPII.


Esquema de Funcionamento de um Sistema MRP II


- Demanda;
•Segundo Petrônio, representa a “vontade” do consumidor em comprar ou requisitar algum produto ou item no mercado. Pode também ser considerado a necessidade de consumo de setores internos da empresa por determinado item ou sub produto.
Produtos ou Item de Demanda Dependente.
•São itens que depende da fabricação de outros itens para que seu consumo ocorra. Exemplo: Pneus nas montadoras, Garradas de Plástico nas industrias de refrigerantes, embalagens nas mais diversas empresas, Papel na produção de livros.
Produtos ou Itens de Demanda Independente.
•São itens que não dependem da fabricação de outros itens ou produtos para que seu consumo ocorra. Exemplos: veículos nas montadoras, Refrigerante Pronto para a venda, Livro pronto para a comercialização, sofás prontos para serem vendidos nas lojas. 

Estrutura e Montagem de um Produto no Sistema MRP II


Na figura 2 é mostrado um esquema básico exemplificando a estrutura de produto utilizada nos Sistemas MRP II para produção de um determinado Produto.

Figura 2: Estrutura de Produto utilizado no MRP II.

A seguir é mostrado a estrutura de produto contendo as quantidades de cada item para a produção, Figura 3 
Figura 3: quantidades de produtos.

Para sedimentar o aprendizado, a seguir na figura 4 será mostrado parte de uma estrutura de produto para a fabricação de um lote de 5.000 bicicletas.

Figura 4: Parte da Estrutura de uma bicicleta utilizado no MRP II


Considere a situação da figura 4: Para atender uma quantidade de 5.000 bicicletas, quanto
será produzido de cada item no processo produtivo visto anteriormente;

Conforme vimos na figura:
•Para a montagem de 1 bicicleta são necessários 2 unidades de Roda + 1 Unidade de Banco.•Para a montagem de 1 Roda são necessários 2 unidades de Rolamentos + 1 Unidades de Parafuso Apoio.•Para a montagem de 1 Banco são necessários 3 unidades de Espuma + 1 Unidades de Parafuso Apoio.
Sendo assim teremos:Ø Quantidade de Rodas = (5.000 Bicicletas) X (2 Rodas Para cada Bicicleta) = 10.000 unidades.Ø Quantidade de Bancos = (5.000 Bicicletas) X (1 Banco para cada Bicicleta) = 5.000 unidades.Ø Quantidade de Rolamentos = (10.000 Rodas) X (2 Rolamentos para cada Roda) = 20.000 unidades.Ø Parafuso de Apoio = (10.000 Rodas) X (1 Parafuso de Apoio para cada Roda) + (5.000 Bancos) X (2 Parafusos de Apoio) = 20.000 unidadesØ Espuma = (5.000 Bancos) X (3 Espumas) = 15.000 unidades.
Resumindo, serão necessários para a Produção de 5.000 bicicletas:
•10.000 unidades de Rodas•5.000 unidades de Bancos•20.000 unidades de Rolamentos.•20.000 unidades de Parafusos de Apoio. Sendo 10.000 para as Rodas e 10.000 para os Bancos.•15.000 unidade de Espuma para os Bancos.

SISTEMA DE AUTOMAÇÃO - MRP I

MRP I

Este sistema de automação, largamente citado no mundo corporativo, é chamado de MRP I que indica a sigla do nome em inglês Material Requeriment Planning e traduzindo para o português nos traz o nome de Planejamento das Necessidades de Material.

Seu uso ocorre, em muitas empresas, dentro do Planejamento e Controle de Produção (PCP) ou em alguns casos específicos nas áreas de Suprimentos e Compras de Materiais. Este sistema tem por principal objetivo converter a previsão de demanda de um determinado item especificado pela empresa em uma programação de necessidades das partes deste item.

Ou seja, determina a quantidade de itens e suas partes antes da produção bem como as datas em que deverão estar disponíveis.

Alem desta funcionalidade o MRP colabora no gerenciamento dos níveis de estoques das empresas evitando que a sua manutenção ocorra sem a real necessidade. As quantidades dos itens necessários para a produção somente são montados, comprados ou produzidos apenas na data de estipulada pelo sistema o que garante assertividade da operação.

Colabora concedendo informações a gerencia de produção realizando cálculos de volumes e tempos numa escala de complexidade muito maior a agilidade humana. Somente como exemplo, na década de 60 todos estas atividades eram realizadas manualmente, com o advento do computador estes mesmos cálculos passaram a ser automatizados gerando organização, rapidez e facilidade para a tomada de decisão mais assertiva dos gestores.

Nos anos 90, as práticas e conceitos de planejamento e necessidade de materiais expandiram-se, sendo integrados as demais áreas das empresas e até hoje possuem alta utilização pelas maiores empresas do mundo.

Abaixo existem alguns benefícios gerados pela o uso do MRP:

  • Controle e redução dos custos de estoques de itens;
  • Aumento da eficiência na emissão da programação da produção;
  • Com melhor controle de emissão e processos houve redução no custo operacional;
  • Geração de maior produtividade nas plantas fabris como um todo;

Como desvantagens podemos destacar:

  • Alta complexidade devido a quantidade de dados de entrada;
  • Devido sua capacidade alta de processamento, com isso outras áreas acabam se tornando gargalo operacionais devido a inferioridade de processamento.

INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO

INTRODUÇÃO:

Assim como em várias áreas da Gestão Empresarial a Administração da Produção passou pelas atualizações e avanços tecnológicos advindos de softwares, aplicativos e programas e os três mais notáveis na maioria das empresas são os seguintes listados abaixo:
  • MRP I e MRP II
  • JIT
  • OPT
  • ERP
A escolha do sistema de automação é realizado por cada empresa de acordo com suas necessidades e características operacionais e dependendo da realidade de cada organização estas três tecnologias podem ser combinadas para atendimento dos processos produtivos.

Vale ressaltar também que o último Sistema de Automação ERP, em muitas empresas que comercializam este tipo de sistema, oferecem em seu pacote de funcionalidades todos os demais sistemas, MRP I e II, JIT e o OPT. Isso se deve a grande funcionalidade deste sistema e por, no momento da compra ou aquisição, oferecer maior economia de escala para a empresa compradora devido a obtenção do pacote completo.